Niguém faz como ele fazia
Um dia ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar
Olhou-a dum jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar
E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto convidou-a pra rodar
Então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar
Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça foram para a praça e começaram a se abraçar
E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade que toda a cidade enfim se iluminou
E foram tantos beijos loucos
Tantos gritos roucos como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu
Em paz
Saturday, October 11, 2008
Thursday, October 02, 2008
Um faz um elogio, simples e direto "que bonita essa tua camisa", um olhar roubado, um sorriso num tom diferente, assim aos poucos ele vai me conquistando, com pequenos detalhes que somados me fazem imaginar como seria um encontro furtivo entre nós.
O outro ao invés de me chamar pelo telefone vem até a minha mesa, me chama de garota, mas me ajuda quando preciso, diz oi, me ignora outras horas, me deixa assim alerta esperando por um pouco de atenção, pensando em como fazer com que ele me veja na multidão... ele me faz querer que tudo mude, que portas se abram e se feche com nós dentro.
é errado fantasiar com dois ao mesmo tempo? tomara que não... porque ando me divertindo horrores antes de dormir todos os dias, esperando, desejando as mãos de um ou dos dois fazendo o que tenho que fazer sozinha.
O outro ao invés de me chamar pelo telefone vem até a minha mesa, me chama de garota, mas me ajuda quando preciso, diz oi, me ignora outras horas, me deixa assim alerta esperando por um pouco de atenção, pensando em como fazer com que ele me veja na multidão... ele me faz querer que tudo mude, que portas se abram e se feche com nós dentro.
é errado fantasiar com dois ao mesmo tempo? tomara que não... porque ando me divertindo horrores antes de dormir todos os dias, esperando, desejando as mãos de um ou dos dois fazendo o que tenho que fazer sozinha.
Wednesday, August 20, 2008
Saturday, August 02, 2008
Saturday, July 12, 2008
rain and cold might ruin your day
but imagine it with him and Tanqueray,
warm nights make you sleepy and drenched
nevertheless wouldn't it be great
if he was with you, both naked, in the lake
I tend to complain about what I don't get
asking always for more and probably
getting my self into more trouble
but wouldn't be nice if for once he would
realize this is a temptation he cannot escape
but imagine it with him and Tanqueray,
warm nights make you sleepy and drenched
nevertheless wouldn't it be great
if he was with you, both naked, in the lake
I tend to complain about what I don't get
asking always for more and probably
getting my self into more trouble
but wouldn't be nice if for once he would
realize this is a temptation he cannot escape
Wednesday, June 18, 2008
Thursday, May 15, 2008
Sunday, April 20, 2008
Apartamento 124
Amigos virtuais todos temos, mas poucos são aqueles que saem da tela do computador para um encontro na vida real. Mas ele foi um caso diferente. Encontro ao acaso numa sala de bate-papo tarde da noite, quando a grande maioria da sala desconectou terminamos por trocar e-mails. No dia seguinte ele escreve dizendo que queria conversar mais comigo e que se eu quisesse continuar a conversa bastava adicioná-lo no msn. Adicionei.
Numa tarde chuvosa acabamos conversando por horas. Primeiro o básico, depois a conversa foi ficando mais interessante, pontuada por pequenas provocações que eu fui aceitando e colaborando, peguei e mandei uma foto minha de calcinha e sutiã, quando ele perguntou como que eu gostava de dormir. "Pena que não estou te vendo" foi a reposta. Respondi que não ver era melhor, que podíamos imaginar tudo. E assim ficamos por várias semanas, nas quais o email e o msn se transformaram em telefonemas. Fazíamos sexo por telefone, através de fotos e mais nada. Era uma boa forma de desafogar as magoas sem se envolver, mas faltava algo, eu queria sentir aquelas mãos que eu imaginava me tocando de verdade, ao mesmo tempo não queria perder a anonimidade que fazia a história tão interessante.
Propus que nos encontrássemos, mas tinha uma condição, que não nos pudéssemos ver. O silencio do outro lado da linhas era desconcertante. Eu tinha que estragar tudo, pensei. Ele disse que a idéia era interessante, então sugeri um motel no outro lado da cidade só por se acaso, mas ele disse que um amigo estava viajando e que poderíamos usar aquele apartamento. Eu só podia ter perdido a razão...não havia outra explicação, como que eu ia aceitar encontrar-me com um desconhecido na casa de um outro desconhecido, mas o perigo, a incerteza, a curiosidade tomaram conta de mim.
"Rua Monte Alegre 835, Apartamento 124, 19hs" era tudo que dizia a msg de texto. Cheguei, era um flat, na porta do elevador contei até 100 e entrei, cada andar que passava, pensei em dar meia volta e ir embora, mas ao mesmo tempo ia ficando mais e mais excitada. Eu sentia meu corpo cedendo, esquentando, minhas pernas tremiam. A porta do elevador se abriu, hesitei outra vez mas continuei, na porta do apartamento um envelope estava grudado na porta, minha inicial escrita a mão e "abra antes de entrar". Apaguei todas as luzes, na verdade tirei todas as lâmpadas, não queria estragar a chance, então deixei uma vela na porta do quarto para te guiar. P.S. a porta está aberta"
Louca, eu só podia estar louca, como que eu ia entrar? ele ia me atacar, me agredir, só deus sabe o que mais. Molhada, mais eu pensava no que podia dar errado, mas molhada eu ficava, mais eu queria correr para dentro daquele apartamento. Tomei coragem, e abri a porta, conforme prometido estava tudo apagado e apenas via uma vela à distância. Caminhei até ela com cuidado, tateando meu caminho. Na porta outro papel "Roupas ficam do lado de fora". Não me contive e disse "Ah e quem disse que isso era parte do plano!", e ouvi a voz dele respondendo "Não era?". Soltei uma gargalhada, e pela primeira vez tive certeza que não era tão louca.
Tirei a roupa, soltei os cabelos e entrei.
Numa tarde chuvosa acabamos conversando por horas. Primeiro o básico, depois a conversa foi ficando mais interessante, pontuada por pequenas provocações que eu fui aceitando e colaborando, peguei e mandei uma foto minha de calcinha e sutiã, quando ele perguntou como que eu gostava de dormir. "Pena que não estou te vendo" foi a reposta. Respondi que não ver era melhor, que podíamos imaginar tudo. E assim ficamos por várias semanas, nas quais o email e o msn se transformaram em telefonemas. Fazíamos sexo por telefone, através de fotos e mais nada. Era uma boa forma de desafogar as magoas sem se envolver, mas faltava algo, eu queria sentir aquelas mãos que eu imaginava me tocando de verdade, ao mesmo tempo não queria perder a anonimidade que fazia a história tão interessante.
Propus que nos encontrássemos, mas tinha uma condição, que não nos pudéssemos ver. O silencio do outro lado da linhas era desconcertante. Eu tinha que estragar tudo, pensei. Ele disse que a idéia era interessante, então sugeri um motel no outro lado da cidade só por se acaso, mas ele disse que um amigo estava viajando e que poderíamos usar aquele apartamento. Eu só podia ter perdido a razão...não havia outra explicação, como que eu ia aceitar encontrar-me com um desconhecido na casa de um outro desconhecido, mas o perigo, a incerteza, a curiosidade tomaram conta de mim.
"Rua Monte Alegre 835, Apartamento 124, 19hs" era tudo que dizia a msg de texto. Cheguei, era um flat, na porta do elevador contei até 100 e entrei, cada andar que passava, pensei em dar meia volta e ir embora, mas ao mesmo tempo ia ficando mais e mais excitada. Eu sentia meu corpo cedendo, esquentando, minhas pernas tremiam. A porta do elevador se abriu, hesitei outra vez mas continuei, na porta do apartamento um envelope estava grudado na porta, minha inicial escrita a mão e "abra antes de entrar". Apaguei todas as luzes, na verdade tirei todas as lâmpadas, não queria estragar a chance, então deixei uma vela na porta do quarto para te guiar. P.S. a porta está aberta"
Louca, eu só podia estar louca, como que eu ia entrar? ele ia me atacar, me agredir, só deus sabe o que mais. Molhada, mais eu pensava no que podia dar errado, mas molhada eu ficava, mais eu queria correr para dentro daquele apartamento. Tomei coragem, e abri a porta, conforme prometido estava tudo apagado e apenas via uma vela à distância. Caminhei até ela com cuidado, tateando meu caminho. Na porta outro papel "Roupas ficam do lado de fora". Não me contive e disse "Ah e quem disse que isso era parte do plano!", e ouvi a voz dele respondendo "Não era?". Soltei uma gargalhada, e pela primeira vez tive certeza que não era tão louca.
Tirei a roupa, soltei os cabelos e entrei.
Thursday, April 17, 2008
Wednesday, April 09, 2008
pensando bem...
Ficou dificil
Tudo aquilo,nada disso
Sobrou o meu velho vicio de sonhar
Pular de precipicio em precipicio, ossos do oficio
Pagar para ver o invisivel e depois enxergar
Que uma pena, mas voce nao vale a pena
Nao vale uma fisgada dessa dor
Nao cabe como rima de um poema, de tao pequeno
Mas vai e vem e me envenena e me condena ao rancor
De repente cai o nivel e eu me sinto uma imbecil
Repetindo, repetindo, repetindo como num disco riscado
O velho texto batido dos amantes mal amados
Dos amores mal vividos
E o terror de ser deixada
Vou tocando, relembrando, reabrindo a mesma velha ferida
E para nao ter uma recaida que nao me deixo esquecer
Que uma pena, mas voce nao vale a pena
Ficou dificil
Tudo aquilo,nada disso
Sobrou o meu velho vicio de sonhar
Pular de precipicio em precipicio, ossos do oficio
Pagar para ver o invisivel e depois enxergar
Que uma pena, mas voce nao vale a pena
Nao vale uma fisgada dessa dor
Nao cabe como rima de um poema, de tao pequeno
Mas vai e vem e me envenena e me condena ao rancor
De repente cai o nivel e eu me sinto uma imbecil
Repetindo, repetindo, repetindo como num disco riscado
O velho texto batido dos amantes mal amados
Dos amores mal vividos
E o terror de ser deixada
Vou tocando, relembrando, reabrindo a mesma velha ferida
E para nao ter uma recaida que nao me deixo esquecer
Que uma pena, mas voce nao vale a pena
Friday, March 14, 2008
Chupando drops de anis...
Estávamos os dois, teoricamente a trabalho, eu deveria ser sua sombra até o final da projeção, filme dele, um tanto quanto alternativo, com trilha pesada, jogos de câmera e um enredo que nos deixa pensando no final.
Já tinha reparado em como ele me olhava a caminho do cinema, na rua esbarrava comigo, sem querer, mesmo quando a calçada estava vazia, nossos braços se tocavam enquanto caminhávamos meio que ignorando quem nos rodeava.
Apresentamos o filme, saimos para tomar alguma coisa no bar do lado, ele pediu para voltarmos para assistir o final da sessão. Sentamos no chão, escondidos da platéia, ele começa a por a mão na minha perna, me olha como pedindo permissão. Quem cala consente diz o ditado.
Enquanto o personagem sofria angustias existenciais, estávamos explorando ao máximo o que a pouca privacidade nos permitia. a qualquer minuto alguém poderia entrar.
Pena que o filme acabou, que tivemos que pular e nos recompor em segundos, mas ainda bem que tinha uma van inteira vazia nos esperando do lado de fora.
Estávamos os dois, teoricamente a trabalho, eu deveria ser sua sombra até o final da projeção, filme dele, um tanto quanto alternativo, com trilha pesada, jogos de câmera e um enredo que nos deixa pensando no final.
Já tinha reparado em como ele me olhava a caminho do cinema, na rua esbarrava comigo, sem querer, mesmo quando a calçada estava vazia, nossos braços se tocavam enquanto caminhávamos meio que ignorando quem nos rodeava.
Apresentamos o filme, saimos para tomar alguma coisa no bar do lado, ele pediu para voltarmos para assistir o final da sessão. Sentamos no chão, escondidos da platéia, ele começa a por a mão na minha perna, me olha como pedindo permissão. Quem cala consente diz o ditado.
Enquanto o personagem sofria angustias existenciais, estávamos explorando ao máximo o que a pouca privacidade nos permitia. a qualquer minuto alguém poderia entrar.
Pena que o filme acabou, que tivemos que pular e nos recompor em segundos, mas ainda bem que tinha uma van inteira vazia nos esperando do lado de fora.
Sunday, February 10, 2008
Friday, February 01, 2008
Monday, January 28, 2008
as entrelinhas
Existe coisa melhor que as entrelinhas. Aqueles momentos em que as palavras passam a ter outro sentindo, quando percebemos que o não dito importa tanto, senão mais que o dito. Começamos ainda adolescentes a usá-las mas é agora na idade adulta que elas atigem seu auge. As frases ficam mais afiadas, os inuendos mais diretos, o desejo reprimido ganha um escape.
Meus dias andam permeados de entrelinhas, de pequenos gracejos, frases e ações. Eu finjo que não percebo, mas às vezes queria poder responder a todas sem dever a ninguém, mas no meio do escritório fica díficil.
Estou ficando repetitiva, isso não é bom sinal... ainda bem que logo mais vou ter mil e uma opções, porém estou com impressão que já sei quem vai ser.
Existe coisa melhor que as entrelinhas. Aqueles momentos em que as palavras passam a ter outro sentindo, quando percebemos que o não dito importa tanto, senão mais que o dito. Começamos ainda adolescentes a usá-las mas é agora na idade adulta que elas atigem seu auge. As frases ficam mais afiadas, os inuendos mais diretos, o desejo reprimido ganha um escape.
Meus dias andam permeados de entrelinhas, de pequenos gracejos, frases e ações. Eu finjo que não percebo, mas às vezes queria poder responder a todas sem dever a ninguém, mas no meio do escritório fica díficil.
Estou ficando repetitiva, isso não é bom sinal... ainda bem que logo mais vou ter mil e uma opções, porém estou com impressão que já sei quem vai ser.
Saturday, January 19, 2008
Não...no trabalho não
Ele vem me procurar quando bastava ter me mandado um email,
eu não perdoo e vou reclamar do formulário que ele preencheu errado.
Eu provoco dizendo que já contratei outra para ele encher as paciências,
ele diz que não vai ser a mesma coisa;
Ele diz boa noite e sem querer esbarra no meu peito,
eu...
Ele vem me procurar quando bastava ter me mandado um email,
eu não perdoo e vou reclamar do formulário que ele preencheu errado.
Eu provoco dizendo que já contratei outra para ele encher as paciências,
ele diz que não vai ser a mesma coisa;
Ele diz boa noite e sem querer esbarra no meu peito,
eu...
Tuesday, January 08, 2008
Saturday, January 05, 2008
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