Friday, March 14, 2008

Chupando drops de anis...

Estávamos os dois, teoricamente a trabalho, eu deveria ser sua sombra até o final da projeção, filme dele, um tanto quanto alternativo, com trilha pesada, jogos de câmera e um enredo que nos deixa pensando no final.

Já tinha reparado em como ele me olhava a caminho do cinema, na rua esbarrava comigo, sem querer, mesmo quando a calçada estava vazia, nossos braços se tocavam enquanto caminhávamos meio que ignorando quem nos rodeava.

Apresentamos o filme, saimos para tomar alguma coisa no bar do lado, ele pediu para voltarmos para assistir o final da sessão. Sentamos no chão, escondidos da platéia, ele começa a por a mão na minha perna, me olha como pedindo permissão. Quem cala consente diz o ditado.
Enquanto o personagem sofria angustias existenciais, estávamos explorando ao máximo o que a pouca privacidade nos permitia. a qualquer minuto alguém poderia entrar.

Pena que o filme acabou, que tivemos que pular e nos recompor em segundos, mas ainda bem que tinha uma van inteira vazia nos esperando do lado de fora.