Friday, December 14, 2007

Por onde andas que...

não me chamas;
não me atiças;
não me instigas;
não me buscas;

por onde andas?
eu sinto falta

Sunday, December 09, 2007

Quero
Espero
Desejo
apenas não vejo

Friday, December 07, 2007

morte anunciada

Quarta-feira 7 da noite, batem insistentemente na porta, vou abrir já rogando praga no dito cujo(a) que interrompeu meu banho. De toalha, abro a porta pela metade, e quase perco o chão quando vi quem era. Caso antigo, daquelas paixões fulminantes que só dão certo no chão, em cima da pia, no chuveiro, no banheiro do avião ou dentro do carro. Não sabia o que dizer, ele sorriu e perguntou se ainda lembrava dele. Como não lembrar? Foram noites, dias, tardes nas quais o mundo parava, que eventualmente foram substituídas por brigas catastróficas por causa do ciúmes.

"Posso entrar?" perguntou ao mesmo tempo que olhava para a toalha que me cobria. Hesitei, era melhor não.

"Sei que deveria ter ligado antes de vir..." - meu deus como que vou resistir a essa boca - "...queria te pedir desculpas pessoalmente" - diz o ditado que antes tarde do que nunca, vamos dar corda, vai que ele se enforca.

"...eu sei que agi da maneira errada, não quero vir pedir perdão, ou que me aceites de volta" - será que ele vai se calar? não, não,não vou ceder. Enquanto eu pensava isso, sentia minha temperatura subir, as pernas já não respondiam, realmente ninguém nunca antes, ou desde então conseguiu me satisfazer como ele fazia.

"...desculpe outra vez, eu vou te ligar, quem sabe combinamos algo" - "Queres algo para tomar?", algo para tomar? de onde eu tirei essa? mas agora já era tarde, ele aceitou um copo de água, eu pedi um minuto para ir colocar algo mais decente.

Servi o copo de água, conversamos sobre bobagens, menti dizendo que tinha um compromisso e precisava me arrumar. Na porta, foi se despedir com um abraço, que se transformou num beijo, em dois, e me jogou contra a parede, ali mesmo do lado da porta. com uma mão me explorou por debaixo da saia, enquanto com a outra me prendia na parede. Estava ansioso, faminto, dava para ver e sentir. com a mão livre, abri seu jeans, ele não perdeu tempo e sem dizer uma palavra começou a me penetrar, primeiro lentamente, depois com força, profundo, do jeito que eu sempre gostei. Gozamos juntos, incrédulos que depois de tanto tempo ainda fôssemos capaz disso.

"Melhor você ir" - disse ainda tentando me recuperar - "Me deixa teu telefone, eu te ligo para a gente combinar algo". E assim ele partiu. Eu nunca liguei.

Sunday, December 02, 2007

Por debajo de la mesa

Saí de mal humor, estava cansada, mas acompanhei uma amiga a uma festa. Bebida de graça não faz mal a ninguém.

A caminho do bar cruzei olhares com um par de olhos verdes que acabaram por me despir sem pedir permissão. Me fiz de boba e saí andando na outra direção.

Alguns Martinis depois um leve toque no ombro me fez virar, era ele, dizendo que eu tinha que ir e jantar com ele. Espanhol, trabalha em um banco de investimentos, com barba por fazer e camisa aberta por baixo do blazer.

ô mão boba, que boba, esperta! Foi nessa hora que agradeci ter esquecido de lavar roupa e ter saído sans lingerie...